domingo, 4 de dezembro de 2022

A civilização muçulmana na P. Ibérica

"Contam alguns historiadores que o primeiro que reuniu os fugitivos cristãos da Hispânia, depois dos árabes se terem apoderado dela, foi um infiel chamado Pelágio, natural das Astúrias (...), de onde então começaram os cristãos a defender contra os Muçulmanos as terras que ainda continuavam em seu poder (...)." (1)

A Arábia no século VII era uma região com um grande atividade comercial. Das principais cidades do Sudoeste da Arábia, uma das mais importantes foi Meca. Foi aqui que nasceu uma nova religião, fundada por Maomé, O Islamismo. Maomé proclamou um novo Deus, Alá e difundiu os valores da nova religião, num livro sagrado chamado o Alcorão.

Após a unificação das diferentes tribos na Arábia, o desejo de melhorar as condições de vida no deserto, e a vontade de espalhar a nova religião fez iniciar uma expansão islâmica que chegou a três continentes, Ásia, África e Europa. Os Muçulmanos chegaram à Península Ibérica no século VIII. A norte, as Astúrias resistiram e foram o ponto de resistência dos visigodos para a futura reconquista cristã. Os Muçulmanos deram à Península Ibérica o nome, sobretudo às zonas que mais influenciaram, o sul de Al-Andaluz.

Os muçulmanos manifestaram dificuldades em manter um domínio da Península a partir sobretudo do século XII. Permaneceram na Península Ibérica na parte mais ocidental até ao século XIII, e na parte central e este da Península Ibérica até ao século XV. Destas duas zonas nasceriam dois países, Portugal e Espanha. Tiveram tal como a civilização romana uma profunda influência no modo de vida dos povos peninsulares.


(1) - Relato de Nafh al-Tib, citado por Borges Coelho, Portugal na Espanha Árabe.

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

A romanização

A romanização foi um processo de integração de um conjunto de territórios de diversos continentes num único Império. Foi feita com a utilização de uma língua, (o latim), das divindades que os romanos tinham, em particular o ritual ao imperador, da utilização de um conjunto de leis, pela construção de um conjunto de equipamentos nas cidades, como teatros, templos, aquedutos, praças, termas e de uma imensa rede de estradas. Com este processo procurou-se dar unidade a um vasto território - a chamada paz romana.

A romanização operou transformações no modo de vida dos povos peninsulares na organização das suas leis, nas atividades económicas e nas manifestações culturais. Organizadas como colónias ou municípios a sua governação imitava Roma e era feita por funcionários que vinham de Roma. Com a romanização desenvolve-se a agricultura, que abandonou a sua componente muito pastoril e assiste-se ao aumento da produção de cereais e de azeite. A exploração mineira, a pesca, a indústria da telha e do tijolo também se desenvolvem.

A telha e o mosaico são duas das grandes inovações da construção romana. As coberturas de palha ou lousa são abandonadas. A construção de estradas e de pontes revelou uma civilização de grande qualidade técnica e também ajudou à circulação entre as diferentes zonas do Império. A atividade económica dos Romanos fez aumentar a circulação da moeda, tendo sido encontrados vários exemplares em diferentes cidades, sobretudo a Sul. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

A civilização romana na P. Ibérica

A civilização romana desenvolveu-se entre os séculos VI a.C., e o século V, tendo sido uma das grandes civilizações da História, por um conjunto de manifestações culturais e humanas que produziu. Roma, a capital de um vasto império, que abarcou diferentes continentes (Europa, África e Ásia) organizou-se à volta do grande lago romano, o Mar Mediterrâneo, que justamente era designado pelos romanos por "mare nostrum".

A civilização romana herdou um conjunto de valores e ideias da civilização grega, mas deu-lhe uma abordagem mais prática, mais funcional. Preocupou-se muito com a expressão material dos seus valores. Não teria havido império romano sem três ideias muito simples:
1. Um exército muito bem organizado em legiões que suportava o poder do Imperador e mantinha a ordem num espaço imenso;
2. Um conjunto de estradas que levou a ideia romana a territórios muito distantes;
3. A instauração de um regime de escravatura que forneceu mão-de-obra gratuita para as diferentes actividades;

A partir do século III a. C., os Romanos conseguem realizar um conjunto de conquistas no Mediterrâneo, conseguindo no século II (149 a.C.) derrotar os Cartagineses que tinham neste mar atividades comerciais de grande significado. A conquista da Península Ibéria era assim muito importante para o domínio do comércio no Mediterrâneo. Até ao século I formaram um império vasto, onde os aspetos materiais desta civilização são muito evidentes. A sua língua e a sua cultura ultrapassariam o fim do Império, sendo nós hoje devedores da sua influência em diferentes domínios da vida: a língua, a organização administrativa, ou o direito.

domingo, 13 de novembro de 2022

Os povos do Mediterrâneo

Entre os séculos XII e V a.C., o mar Mediterrâneo assistiu ao grande movimento comercial que ligou os seus diferentes espaços. Estes povos chegaram até à Península Ibérica em momentos diferentes. Os Fenícios chegaram primeiro, junto ao século XII a.C., depois os Gregos no século VI a.C., e os Cartagineses no século V a.C.

Estes povos não procuravam conquistar algum espaço na Península Ibérica, mas tão só realizar atividades comerciais. Vinham procurar metais preciosos (estanho, ferro, ouro e prata) que levavam em troca de objetos de cerâmica, vidro, panos e utensílios. Fundaram feitorias comerciais que eram os locais onde realizavam essas trocas. Embora haja uma maior presença no território que hoje forma a Espanha, encontraram-se vestígios destas colónias em diferentes locais como Alcácer do Sal, Aveiro, Póvoa do Varzim e sobretudo no Algarve.

A influência destes povos foi muito importante e fez-e sobretudo junto dos que habitavam o sudeste da Península, justamente os Iberos. Transformaram os modo de vida destes, pois deram-lhes a conhecer formas diferentes de vida quotidiana, com especial relevância para os Gregos. Deixaram importantes influências. 

Os Fenícios introduziram o torno de oleiro, desenvolveram técnicas específicas do trabalho do ferro e divulgaram a escrita alfabética. Os Gregos  desenvolveram muito a produção de cereais  e as atividades de conservação pelo sal através das salinas, assim como a difusão da cunhagem da moeda.

Os Cartagineses desenvolveram muito o comércio dos metais, da salga de peixe, das pescas e dos produtos agrícolas. A conservação dos alimentos pelo sal foi também foi utilizada pela civilização nascida em Cartago. Os Cartagineses entre os século V e IV a.C., formaram uma civilização de grande significado no Mediterrâneo, que só terminou no século III a.C., com o nascimento de um grande Império, o Romano.

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Os Celtas e a sua influência na P. Ibérica

Os Celtas invadiram a Península Ibérica entre os séculos VIII e VI a.C., em movimentos sucessivos, com origem a partir do centro da Europa. A sua invasão concentrou-se na parte mais a norte da Península Ibérica. A ocupação da Península Ibérica tornou-se mais desenvolvida entre os séculos VI e III a.C. Neste período os Celtas vão alargar a sua influência para o centro da Península Ibérica até às zonas dos rios Tejo. 

Os Celtas estão associadas a uma civilização da Idade do Ferro e tiveram uma grande influência nos povos que habitavam a Península Ibérica. Os Celtas construíam aldeias fortificadas, os castros ou citânias, erigidos no cimo dos montes. As casas eram de forma circular, protegidas por um grupo de muralhas. Na zona de Guimarães, ainda é possível observar um conjunto deste tipo e que tiveram a influência desta cultura arqueológica da Idade do Ferro. 

Os Celtas desenvolveram com grande qualidade a metalurgia do ferro e também a do ouro e a da prata. Produziam carros de transporte com rodas com raios em madeira e um conjunto de objetos agrícolas em ferro. Esta aquisição permitiu-lhes melhorar a qualidade das suas colheitas. Não enterravam os mortos, mas incineravam os cadáveres, colocando as cinzas em objetos de cerâmica que depois enterravam em locais, onde juntavam também objetos pessoais.

Os Celtas misturaram-se com os Iberos e formaram uma nova unidade cultural a que damos o nome de Celtiberos. Os Lusitanos eram uma franja destes Celtiberos.  Os Lusitanos sofreram a influência da cultura celta e viviam num espaço espalhado pelo centro e norte em povoações fortificadas. Viviam da agricultura e da pastorícia, praticavam a metalurgia e também a tecelagem (linho e lã). Cada castro organizava-se autonomamente. Faziam um pão à base de bolotas de carvalho e praticavam exercícios guerreiros. Praticavam a guerra com facilidade, combatendo com pequenas armas com grande vivacidade. Adoravam a Natureza e também praticavam o culto dos mortos. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Os Iberos

Os Iberos terão fixado-se na Península Ibérica a partir do ano 1000 a.C., o que corresponde à transição da época do bronze para a época do ferro. Existindo algumas dúvidas sobre a sua origem, sendo dado a sua origem ou no norte de África, ou sendo mesmo originários da Península, dando o seu nome à derivação do nome Ebro, do rio, daí a semelhança com Iberus - Iberos. Sabe-se que na Idade do Ferro já habitavam a Península Ibérica.

Os Iberos eram povos agricultores e pastores e viviam em grandes povoados no cimo dos montes, em casas de forma retangular. Pensa-se que já construíam santuários, sobretudo para o culto dos animais. Já faziam a exploração de minérios. Já conheciam o arado, como outros povos e isso alterou as possibilidades das produções agrícolas melhorando as suas colheitas. Já conheciam a roda e já a utilizavam nos seus transportes. No espaço que hoje é formado por Espanha foram encontradas representações de carros com rodas, inclusive em pinturas rupestres, o que é de um período anterior à Idade do Ferro. OS Iberos estão associados à metalurgia do cobre e do bronze.

Os Iberos concentraram os seus mais importantes povoados no sul e sudeste  da Península Ibérica. Já faziam a produção de objetos de utilização quotidiana e assim desenvolveram a escultura, a ourivesaria e a cerâmica. Já tinham formas de expressão escrita que não se conseguiu ainda decifrar no seu significado.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

O Megalitismo

As comunidades agropastoris acreditavam que a Terra era a mãe que lhes permitia obter o que precisavam. Adoravam assim a Natureza e os astros. Por isso construíram monumentos de culto à fertilidade dos terrenos e das pastagens para os animais. Cultivavam também o culto dos mortos, pois acreditavam numa vida após a morte. A estas duas manifestações de arte damos o nome de megalitismo. 

Estas comunidades construíam outro tipo de monumentos a que chamamos as antas ou dólmenes. As antas tinham como objetivo depositar os mortos e prestar-lhes homenagem. Junto ao corpo juntavam objetos do quotidiano. As antas eram conjuntos de esteios de pedra colocados verticalmente formando um espaço circular, a que se dá o nome de câmara. Em cima, o espaço era coberto com uma laje de grandes dimensões. A entrada da anta tinha como uma porta em pedra sob a forma de uma laje. 

Junto das antas apareceram objetos diversos, como machados, pontas de seta, botões de osso, placas ornamentadas, contas de colar de osso ou âmbar. Nos esteios verticais em algumas estações arqueológicas foram encontrados decorações onde se notam figurações da imagem humana. 
As antas eram pedras colocadas na vertical, podendo ser considerados como elementos que indicavam espaços considerados importantes ou sagrados por estes povos. Também junto deles se faziam cerimónias de adoração da Natureza e de contemplação dos astros. 

Ainda de referir os cromeleques, círculos de pedras que serviam como relógios solares, pois estão organizados entre os espaços maiores e menores entre o nascer do Sol ao longo do ano. Eles comprovam que estas comunidades já conheciam a mudança das estações.

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

As comunidades agropastoris

Há cerca de 10.000 anos o clima da Terra aqueceu e isso permitiu alterar a fauna e a flora. Em especial no hemisfério norte o clima aproximou-se mais daquilo que hoje conhecemos. Os animais do tempo dos recolectores, de maior porte desapareceram. O homem vai-se tornar agricultor e pastor. Vai tornar-se um produtor de alimentos. Isto vai permitir-lhe deixar de ser nómada para passar a ser sedentário.

Estas comunidades agropastoris encontram-se junto ao litoral, acompanhando também alguns rios, como o Douro, o Tejo e o Sado. As suas principais atividades eram a agricultura e a pastorícia. Por vezes ainda se dedicavam à caça e à pesca quando tal era preciso. 

Com as comunidades agropastoris verifica-se que os homens e as mulheres faziam diferentes tarefas conforme o que necessitavam de realizar. Surgem assim os artesãos que fabricavam diversos instrumentos e utensílios. Acompanhando a agricultura e a pastorícia, surge a olaria, a cestaria, a tecelagem, a metalurgia. A produção de objetos em cerâmica, a utilização de mós ou o fabrico de instrumentos em ferro ou bronze eram importantes para o seu modo de vida

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Gino, um herói antigo

Há muito muito tempo atrás, Gino era o primeiro da família a acordar. Os seus pais ainda dormiam ao fundo da gruta, tapados com uma pele muito quente, que receberam de herança de um caçador que morreu num combate. Parece que ele nem tinha frio. Bastava uma pequena pele que mal lhe tapava a barriga. Passada uma hora, lá vinha o Gino sorridente com os frutos mais frescos da região. Todos o invejavam pela sua valentia e prontidão.

O pai de Gino levantava-se, jáo Sol ia bem alto, altura em que sua esposa lhe dizia: - Ó Ginão, homem de Deus, vai buscar o naco do veado, que eu vou fazendo as brasas, enquanto houver lenha,...

Um pouco contrariado, lá ia o pai arrastando os pés, que mal podiam com ele. A mãe às vezes agradecia por o filho se parecer com o pai, apenas no rosto.
Gino começava a olhar o assado com um grande apetite. Comia até o pai lhe dizer: - Ó rapaz, amanhã também é dia!...

Gino não dava muita importância à conversa, pois o sustento, era com ele... Mal mastigava o último pedaço, Gino subia a montanha à procura de frutos silvestres e de raízes. De vez em quando, lá ia ele com a sua lança bem agarrada, para que não a pudesse perder. Ao fim de uma longa tarde, regressava com um gamo às costas. Era sempre uma festa!...

Em alturas de lua cheia, Gino ia também fazer as suas pinturas nas rochas da gruta. Toda a família olhava encantada para aquelas imagens de animais. Até pareciam verdadeiras!...
Gino era afinal um grande Herói dos tempos que já lá vão, há muitos milhões de anos.


Imagem da Gruta de Altamira, (10000 a 15000 a. C.) 
João Carvalho / Ricardo Couto - 5º B - EB 2, 3 da Lourosa -  Ano Letivo 2008/2009 

As comunidades recoletoras

Há muitos milhares de anos que o Homem habita a Península Ibérica. Estes primeiros habitantes da Península Ibérica tinham de ultrapassar muitas dificuldades e perigos para poderem sobreviver. Dependiam completamente da Natureza, pois tinham poucas técnicas para lidar o meio onde viviam e não sabiam produzir alimentos. Eram assim nómadas, procurando alimento onde o encontravam e por isso praticavam a caça, a pesca e a recoleção, apanhando frutos, raízes e folhas.

O clima era muito frio, o que era mais uma dificuldade a que se juntava animais de grande porte que tinham de caçar. Estes animais davam-lhes a carne, as peles para o vestuário e materiais para eles produzirem alguns dos seus instrumentos. 

Habitavam refúgios, como abrigos, grutas ou cavernas naturais. Abandonavam estes refúgios quando a alimentação escasseava nesse local. Juntavam-se em grupos de modo a poder superar as suas dificuldades e melhor arranjarem alimento. Com a descoberta do fogo foi possível melhorar a alimentação, aperfeiçoar instrumentos, afugentar os animais perigosos e iluminar os espaços que habitavam.

Os seus instrumentos eram feitos de pedra, osso e madeira. Entre os principais podemos destacar o arpão, o biface, o raspador, o perfurador, entre outros.

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

A vegetação na Península Ibérica

Hoje quase não encontramos vegetação natural na Península Ibérica, pois pelas necessidades humanas e pelos fogos florestais ela quase desapareceu. A vegetação que encontramos é aquela que em grande parte foi introduzida pelo homem. A vegetação de uma região está dependente de diferentes fatores, como, o relevo, o clima e as características do solo.


 Na Península Ibérica encontramos três zonas de vegetação que estão muito próximas das divisões climáticas que já vimos antes. Temos assim uma zona atlântica, uma zona continental e uma zona mediterrânica.Na zona atlântica predominam as árvores de folha caduca. As árvores da floresta caduca são aquelas que perdem as folhas no Outono voltando a nascer na Primavera. Duas das mais representativas desta floresta são o castanheiro e o carvalho.

Na zona mediterrânica encontramos árvores de folha persistente, o que significa que não perdem a folha ao longo do ano. O sobreiro, a azinheira e o pinheiro-manso são as mais características desta região. Na zona continental encontramos uma vegetação rasteira e uma mistura de árvores de folha caduca e de folha persistente.

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

As bacias hidrográficas

Os principais rios da Península Ibérica são rios internacionais, no sentido de que nascem num espaço político (Espanha) e vêm desaguar a Portugal. Este facto acontece porque o relevo está orientado de este para oeste. Entre estes rios estão o Douro, o Tejo e o Guadiana.

O rio Douro corre em montanhas e em vales apertados. Atravessa zonas com mais humidade e não tem um caudal tão irregular como o Guadiana ou o Tejo. Estes dois rios correm em planícies, onde o relevo tem menos altitude e onde o clima é mais quente e existe menos humidade. O rio Tejop e Guadiana são assim rios de caudal irregular, podendo no Verão ter um curso de água reduzido, em determinadas zonas.               
                                                           
Os rios têm uma nascente, geralmente situam-se nas zonas montanhosas devido à formação geológica que faz nascer as suas fontes e no seu percurso encontram outros rios mais pequenos que sã, os seus afluentes. 
 
O rio Douro por exemplo tem inúmeros afluentes, o Côa, o Tua, o Sabor. Ao conjunto formado pelo rio principal e seus afluentes damos o nome de rede hidrográfica.Esta rede ocupa um determinado espaço que se alarga do rio até às zonas que lhe estão próximas. A esse espaço ou área onde está inserida a rede hidrográfica damos o nome de bacia hidrográfica.

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

O clima na Península Ibérica

Quando acordamos e vemos como está o tempo e escolhemos a roupa que devemos vestir estamos a observar o estado do tempo. O somatório dos estados do tempo durante um período longo num determinado espaço geográfico permite-nos conhecer o clima de uma região. Para conhecer o clima temos de conhecer os seus diferentes elementos:
  • A temperatura - quantidade de calor ou frio de um corpo ou de um espaço físico. Mede-se em graus centígrados e para isso usamos termómetros;
  • A precipitação - quantidade de água, neve ou granizo que cai da atmosfera, sendo o mais relevante o primeiro. Mede-se em milímetros por metro quadrado e usa-se o pluviómetro;
  • O vento - É o ar em circulação. Podemos conhecer a sua direção (catavento) ou a sua velocidade (anemómetro);
A Europa situa-se, como sabes na zona temperada do Norte, uma das duas únicas que tem quatro estações do ano. Na Península Ibérica podemos encontrar três zonas com características temperadas, mas diferentes entre si. A saber:
  • O Norte e noroeste - Clima temperado marítimo (temperaturas amenas, devido a proximidade do oceano) e precipitação elevada, sobretudo no Inverno;
  • O Interior - Clima Temperado continental (Verões quentes  e Invernos frios). É uma zona com com pouca influência marítima e com pouca precipitação.
  • O Sul - Temperado mediterrânico (Verões quentes quentes e Invernos suaves) - recebe a influência do Atlântico e do norte de África.

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Guia de estudo n.º 3

1. / 2. Os rios e as redes hidrográficas:
  • Uma rede hidrográfica é o conjunto formado por um rio principal e seus afluentes. 
  • Uma bacia hidrográfica é a área ocupada pela rede hidrográfica. 
  • A inclinação do relevo determina a direção dos rios. Por isso, muitos rios da Península Ibérica e de Portugal desaguam no oceano Atlântico. 
  • No Norte, os rios são em maior número, têm períodos de seca e os seus caudais são mais rápidos do que os dos rios do Sul.
  • Há rios luso-espanhóis, como, por exemplo, o Douro e o Tejo. (Minho / Guadiana)
  • Há rios nacionais, como por exemplo o Sado e o Mondego. (Cávado / Neiva)
3. / 4. / 5. A vegetação:
  • Vegetação natural é a que cresce espontaneamente (sem a intervenção do Homem). 
  • Vegetação dominante é aquela que é constituída por espécies primitivas e outras que se adaptaram ao clima de uma região.
  • O relevo e o clima influenciam a vegetação dominante da Península Ibérica.
  • Na Ibéria Húmida a paisagem é muito verde e encontramos a floresta de folha caduca.
  • Na Ibéria Seca a paisagem é menos verde e encontramos a floresta de folha persistente.
  • No Norte de Portugal dominam árvores como os carvalhos, os castanheiros e os pinheiros bravos
  • No Sul de Portugal dominam árvores como as azinheiras, os sobreiros e os pinheiros mansos.
6. A lei que defende as espécies florestais procura proteger as plantas e árvores ameaçadas de extinção, para que não desapareçam

7. / 8.  / 9. Os arquipélagos da Madeira e dos Açores:
  • Os arquipélagos dos Açores e da Madeira situam-se no Oceano Atlântico.
  • O arquipélago dos Açores tem nove ilhas.
  • As principais ilhas do arquipélago da madeira são a da Madeira e o do Porto Santo
  • O relevo dos arquipélagos dos Açores e da Madeira é muito montanhoso, tem origem vulcânica e possui costas altas. Os curso de água são pouco extensos e chamam-se ribeiras
  • O clima é temperado nos dois arquipélagos. Nos Açores chove mais durante todo o ano do que na Madeira. A vegetação dominante nos Açores é formada por cedros, loureiros e fetos gigantes. A vegetação dominante na Madeira é formada por dragoeiros, loureiros e urzes.

 

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Guia de Estudo n.º 2

1. As formas de relevo
1. As quatro principais formas de relevo são a montanha, a planície, o planalto e o vale
2. A altitude:
  • Altitude positiva é a que se situa acima do nível médio das águas do mar. 
  • Altitude negativa é a que se situa abaixo do nível médio das águas do mar.
3. As formas de relevo na P. Ibérica: 
  • O planalto central está representado de cor castanho-clara;
  • A cordilheira dos Pirenéus está representada a castanho-escura;
  • As planícies estão representadas a cor verde a cor amarela.
4. As três grandes planícies da Península Ibérica são a Planície do Ebro, a Planície do Guadalquivir e a Planície do Tejo-Sado
 
5. O relevo de Portugal Continental: 
  • No Norte de Portugal, predominam os planaltos e as serras.
  • No sul de Portugal, predominam as terras baixas.
  • Entre o litoral e o interior há também contrastes, principalmente na região a norte do rio Tejo. 
6. Os elementos de clima são: a precipitação, a temperatura e o vento. Estes elementos do clima usam instrumentos de medição que são o Pluviómetro (para  a precipitação), o Termómetro (para a temperatura) e o Anemómetro (para a velocidade do vento).
 
7/.8. As zonas climáticas da Terra:
  • A Zona Temperada do Norte fica situada entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico
  • A Zona Quente fica situada entre o Equador e os Trópicos de Câncer e de Capricórnio.
  • A Zona Temperada do Sul fica situada entre o Trópico Capricórnio e o Círculo Polar Antártico.
  • A Península Ibérica localiza-se na Zona Temperada do Norte.
  • O clima da Península Ibérica é Temperado.
  • A Península Ibérica tem três regiões climáticas
  • A região da Península Ibérica que tem clima temperado marítimo é o Norte e Noroeste.
  • A região da Península Ibérica que tem clima temperado mediterrânico é o Sul.
9. Os fatores de clima:  
  • o relevo / a proximidade ou o afastamento do mar / os ventos dominantes. 
10. As regiões climáticas de Portugal Continental:
  • Norte Interior - Pouca chuva. Invernos frios e Verões quentes.
  • Sul - Pouca chuva. Verões quentes e Invernos frios.
  • Norte Litoral - Muita chuva. Verões e Invernos amenos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

O relevo na Península Ibérica

Chamamos relevo às diferentes formas que a superfície terrestre apresenta. 
As principais formas de relevo são, a planície, o planalto, a montanha  e o vale

A planície é uma forma de relevo plana ou levemente ondulada e com baixa altitude. Muitas vezes acompanham grandes rios nas suas zonas finas, quando se encaminham para a foz. O planalto é uma superfície plana com média ou elevada altitude. A montanha é uma forma irregular que se destaca das zonas à sua volta pela sua forma e pela elevada altitude que tem. O vale é o espaço compreendido entre duas vertentes, no qual, em geral, corre um rio.

Na Península Ibérica destacam-se o Planalto Central e a Cordilheira Central. No centro da Península Ibérica encontramos um grande planalto rodeado e atravessado por montanhas, onde os rios correm em vales profundos. As planícies localizam-se numa faixa perto do litoral e na parte terminal de alguns grandes rios. 
Encontramos junto ao litoral e nas margens de alguns grandes rios planícies. Podemos assim chamar-lhe planícies costeiras e fluviais. É no Tejo, Sado, Guadiana e Guadalquivir que encontramos as planícies fluviais.

A Península Ibérica tem no seu interior diferentes rios. O Tejo, o Douro e o Guadiana são rios que estão orientados de este para oeste, o que faz que venham desaguar ao Oceano Atlântico. O rio Minho é igualmente importante, pois marca a fronteira entre os dois países que viriam a nascer na Península Ibérica. Existem outros rios de curso mais reduzido, mas igualmente importantes, como sejam o Mondego, o Sado ou o Cávado

A nordeste fazendo fronteira natural com o resto da Europa, temos os Pirenéus, uma cordilheira de grande altitude.

domingo, 2 de outubro de 2022

Guia de estudo n.º 1

 1. As formas de representação da Terra:
  • O globo terrestre é a forma de representação da Terra que mais se aproxima da realidade. 
  • O planisfério representa a Terra numa superfície plana.
  • O mapa (ou planisfério) é a forma de representar a Terra mais fácil de podermos transportar.
2.1. O continente que está ligado ao continente europeu é a Ásia
2.2. O oceano que banha a Europa e a África é o Atlântico.

3. As linhas imaginárias da esfera terrestre
  • O Equador divide a Terra em Hemisfério norte e Hemisfério sul.
  • Os círculos paralelos à linha do equador chamam-se paralelos
  • O meridiano principal é o meridiano de Greenwich.
4. Os elementos de um mapa:
4.1. Um mapa deve ter sempre os seguintes elementos: Título, Orientação, Legenda, Escala e Fonte.
4.2. A orientação num mapa aparece representada através de uma seta ou da rosa dos ventos.
4.3. A rosa dos ventos
Pontos cardeais: 
N - Norte; S - Sul; E- Este e O - Oeste.
Pontos colaterais:
NE - Nordeste; NO - Noroeste;
SE - Sudeste; So - Sudoeste.
4.4. A escala indica-nos o número de vezes que a realidade foi reduzida, de modo a que possa ser desenhada numa determinada dimensão.

5. A Península Ibérica
5.1. Portugal é constituído por uma parte continental e por outra que chamamos insular.
6.1. A Península Ibérica
6.2. A cadeia montanhosa que limita a Península Ibérica a nordeste chama-se
Pirenéus.
 
7. A Europa e a Península Ibérica
7.1. A Europa situa-se no Hemisfério norte.
7.2. As maiores áreas continentais situam-se no Hemisfério norte.
8. A Península Ibérica:
  • Localiza-se no extremo sul do continente europeu.
  • Está separada do continente africano pelo estreito de Gibraltar
  • É banhada pelo oceano Atlântico, que faz a "ponte de ligação" entre três continentes.

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

As formas de representação da Terra


Já vimos que podemos representar a Terra utilizando um globo terrestre, fotografias ou mapas. Estes últimos são os mais práticos para encontrarmos um determinado ponto da superfície terrestre e para realizarmos exercícios de localização geográfica. Um mapa tem um conjunto de elementos que ajuda a ler a informação que disponibiliza. Todos eles têm:
  • Um título - indica a temática do mapa;
  • Legenda - dá a explicação dos sinais gráficos do mapa (cores, símbolos,...);
  • Orientação - tem um sistema que permite orientarmo-nos e encontrar com precisão um ponto da superfície terrestre;
  • Escala - apresenta uma relação que relaciona a dimensão  real com a representada no mapa;
Um dos elementos essenciais dos mapas é o sistema de orientação permitido pela rosa dos ventos. Nela encontramos os pontos cardeais: N (Norte); S (Sul), E (Este) e O (Oeste). Temos ainda para uma melhor localização os pontos colaterais NE (Nordeste), NO (Noroeste), SE (Sudeste) e SO (Sudoeste).

Para podermos encontrar os diferentes pontos geográficos foram criadas linhas imaginárias que  dividem a Terra.  A mais importante é o equador, uma linha que divide a Terra em duas metades, o hemisfério norte e o hemisfério sul

Temos ainda os círculos, sendo os mais importantes, o Círculo Polar Ártico (Pólo Norte) e o Círculo Polar Antártico (Pólo Sul), o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio. Entre os trópicos e os círculos polares encontramos a zona temperada. Dos círculos polares aos pólos temos as zonas frias. 
Entre o Equador e os os Trópicos de Câncer de Capricórnio temos a zona quente da Terra. 
Os meridianos são outras das linhas geométricas que podemos desenhar na esfera terrestre. 
Os meridianos são círculos maiores e que se encontram perpendiculares ao equador. O principal meridiano dá pelo nome de Meridiano de Greenwich.
...

terça-feira, 20 de setembro de 2022

O planeta Terra

Vivemos num Planeta que se chama Terra e que é um dos nove planetas que formam o nosso sistema solar. Este é constituído por planetas (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno e Plutão), pelos seus satélites, assim como milhares de asteróides e cometas. O nosso sistema solar tem uma estrela central, justamente o Sol. Este é a principal fonte de energia e é a estrela mais próxima da Terra. O nosso sistema solar no seu conjunto, com as diversas estrelas ocupa o espaço de uma galáxia, a que damos o nome de Via Láctea. 

A Terra, o planeta que habitamos, o único conhecido com formas de vida, é o quinto maior deste sistema solar e é o terceiro a contar do Sol. Tem uma forma esférica, ligeiramente achatada nos pólos, tem um satélite natural que é a Lua e é chamado como o Planeta Azul, pela sua cor azulada, devido à maior parte da sua constituição ser água. 

A forma de representar a Terra que mais próxima está da sua forma real é o globo terrestre. Todavia, não é a mais prática e por isso temos uma outra forma de a representar que é o planisfério, ou também designado mapa-múndi. Este representa toda a superfície da Terra. O mapa difere do planisfério por apresentar a representação de áreas mais reduzidas da superfície terrestre. A um conjunto organizado de mapas damos o nome de atlas.

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Algumas ideias para o teu estudo...

1. Estudar em História
Para se ter sucesso em qualquer disciplina é preciso estudar, ou melhor é preciso "saber estudar". É assim necessário colocar em prática um método de trabalho e de estudo. Deixo-te algumas ideias que poderás aproveitar de modo a obteres um bom sucesso escolar. 

2. Aulas
É essencial cumprir algumas ideias simples durante o funcionamento da aulas:
•Estar com atenção;
•Perguntar, no momento, aquilo que não compreendeste;
•Tirar apontamentos daquilo que é destacado nas aulas. Tenta construir esquemas; 

3. Em casa
É importante teres uma rotina de estudo, a saber:
•Ordena os apontamentos que elaboraste e completa-os, através de uma pesquisa mais detalhada do manual ou em outros livros;
•Faz uma leitura atenta do manual escolar e relê o que foi destacado ou sublinhado na aula;
•Pesquisa no manual escolar (documentos e textos complementares) informações adicionais que te permitam enriquecer os teus conhecimentos;
•Quando não compreenderes um conceito procura o seu significado no Dicionário;
•Verifica os exercícios realizados (Atlas / Barra Cronológica / Caderno de Exercícios);

4. Biblioteca
Frequenta a Biblioteca para te habituares à consulta de diversos materiais de apoio aos teus trabalhos e ao teu estudo. Das consultas que fizeres retira a informação essencial, retirando sempre os elementos de identificação (título da obra, autor, editora e o número das páginas consultadas). Aproveita algumas das informações (livros e links) que estão presentes no teu manual.

A História e a Geografia

Inicias este ano o estudo de uma nova disciplina: a História e a Geografia de Portugal. Tens uma ideia do que se trata? Que temas vais estudar? O que vais poder descobrir?
A História é uma ciência que estuda a vida dos seres humanos ao longo dos tempos: como viviam, o que faziam, que dificuldades enfrentavam, que soluções encontraram, como se alimentavam, que tipo de habitações usavam, …

A Geografia estuda o nosso planeta, a Terra, as suas paisagens, as suas características, os locais onde as pessoas ocuparam o território, como exploraram os recursos naturais, onde se encontravam: planícies, montanhas, as florestas, os rios ...
Esta disciplina estuda assim a evolução do modo de vida das populações que habitaram a Península Ibérica. Com o estudo desta disciplina, tu vais compreender melhor de que forma os seres humanos foram, ao longo dos tempos, transformando a Natureza. Porque é importante o estudo da História e da Geografia?

Com o estudo da Geografia podes ficar a conhecer as características geográficas de um espaço onde se situa Portugal. Com o estudo da História podes conhecer o passado, que coisas nos deixaram, como o seu modo de vida influenciou aquilo que hoje somos. Este conhecimento do passado permite – nos compreender a nossa identidade: a nossa língua, a nossa cultura, o modo como nos distinguimos dos outros povos, as nossas tradições. Com este conhecimento podemos melhor intervir no futuro e contribuir para a sua transformação.

Para o estudo da História precisamos de recorrer aos historiadores e arqueólogos, que recolhem testemunhos [documentos] deixados por povos no passado (moedas, estatuetas, livros, castelos ). Para o estudo da Geografia precisamos de recorrer aos Geógrafos que estudam as principais características do nosso Planeta (utilizam mapas, fotografias e fazem observações).
De que modo é que esta disciplina se relaciona contigo? Imagina o seguinte.

Um dia consultas um álbum de fotografias e procuras obter algumas informações junto dos teus pais, avós sobre os locais onde viveram, onde nasceram, os hábitos alimentares, as ocupações dos tempos livres que tinham, os locais onde passavam férias, aquilo que foram realizando ao longo dos anos.

Se organizares toda esta informação, podes redigir um texto e juntar algumas imagens, ou ainda construir um mapa desses locais. Estarás nesse sentido a construir uma História e Geografia da tua família. Aqui a diferença é que irás estudar um conjunto mais alargado no espaço e no tempo.