sexta-feira, 5 de novembro de 2021

A revolução liberal de 1820

1. Os antecedentes da revolução liberal de 1820
Portugal após as invasões francesas ficou numa grave crise económica, pois culturas agrícolas e fábricas tinham sido destruídas. A importação de bens estrangeiros, sobretudo à Grã-Bretanha aumentou consideravelmente. O apoio dado por esse País financeiramente colocou Portugal na sua depedência económica. O fim das invasões não significou o fim da influência e domínio ingleses, pois da economia ao exército tudo era controlado pela Grâ-Bretanha. 
O ponto mais alto dessa dependência ocorreu em 1810 quando os portos brasileiros se abriram ao comércio internacional. O descontentamento popular foi materializado pela tentativa de golpe de Gomes Freire de Andrade que tentou derrubar a presença inglesa, embora não o tenha conseguido. O fracasso do golpe de Gomes Freire de Andrade fez aumentar o descontentamento no País e sobretudo em Lisboa e no Porto as ideias liberais iam-se difundindo. 
As ideias liberais defendiam valores vindos da Revolução Francesa e que tentavam que na sociedade portuguesa, a liberdade (não ser preso sem culpa formada), a propriedade privada, o falar e escrever sem censura e a igualdade de direitos para todos fossem possíveis. A burguesia procurava construir uma sociedade onde a iniciativa e capacidades individuais não fossem limitadas pelos privlégios do clero e da nobreza. Desejava um outro tipo de monarquia, que não fosse absoluta.

2. O movimento revolucionário de 1820
A cidade no Porto era nas vésperas de 1820 um importante centro comercial, onde viva uma burguesia rica e ativa. Esta riqueza vinha sobretudo do comércio do vinho do Porto. A cidade era frequentada por muitos estrangeiros, alguns escritores, artistas que defendiam as ideias liberais e que iam ganhando força entre os intelectuais e burgueses nacionais. Havia um entusiasmo para que ocorresse uma mudança. Entre eles destacaram-se Manuel Fernandes Tomás, Ferreira Borges, ou José da Silva Carvalho. Com o tempo alguns militares juntaram-se a este grupos. 

A 24 de Agosto de 1820 aproveitando a viagem de Beresford no Brasil, fizeram ecoldir uma revolução, que teve o apoio popular e que proclamava o fim da monarquia absoluta e pedia o regresso do rei do Brasil. Apesar das dificuldades inciais, também em Lisboa e depois no País se deu o apoio à revolução iniciada no Porto. Foi nomedao um governo provisório, A Junta Provisional que tinha elementos da cidade de Lisboa e do Porto. Foram organizadas as primeiras eleições em Portugal, cujo objectivo era eleger deputados para as Cortes Constutuintes. Das eleições resualtaram sobretudo deputados de origem burguesa. 

As Cortes Constituintes tinham a  função de redigir uma Constituição, isto é, uma lei geral, em que estivessen consagrados as ideias e princípios liberais. Ao lado da Constituição, os deputados criaram muitas leis importantes, como a abolição da censura, o fim de impostos agrícolas que vinham do período senhorial, ou a extinção formal da Inquisição. A Constituição ficou pronta em março de 1822 e por isso assim é designada, Constituição de 1822.

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