quinta-feira, 4 de novembro de 2021

As invasões francesas

Decorrente da rejeição de Portugal ao Bloqueio Continental, a França invadiu o Reino em 1807 com um exército comandado por Junot. Esta primeira invasão foi um misto de receio e grande expectativa, pois na burguesia existia quem achasse que as ideias da Revolução Francesa poderiam ter influência por cá. Na altura Portugal era governado pelo filho da rainha D. Maria I, e que seria o futuro D. João VI. Era assim neste momento apenas regente do reino. 
Perante a 1ª invasão francesa, a família real e a Corte acabaram por fugir do Reino, em direção ao Brasil. A ideia era manter o país independente decidindo mudar para outra parte do Império o seu governo. Ficou no país uma junta de regência que governaria o Reino em nome do príncipe D. João. Após a chegada a Lisboa, Junot passou a governar o reino e manteve uma ação de saque do património, das culturas agrícolas e dos bens nacionais, o que obrigou a uma resistência por todo o reino que viria a ser ajudada pela chegada dos Ingleses. Derrotados na Roliça e no Vimeiro, os Franceses abandonaram o País.
 Os franceses voltariam a fazer mais duas invasões ao Reino. Uma em 1809, comandada por Soult que tentou entrar pela zona norte do País. Uma grande resistência popular auxiliada pelos ingleses, comandados por Arthur Wellesley obrigaria à retirada dos franceses. O episódio da Ponte das Barcas, no Porto, ou  a destruição das povoações foram aspetos muito negativos desta 2º invasão. 
Finalmente em 1810, Massena comandaria a 3ª invasão francesa ao Reino. Portugueses e britânicos construíriam uma linha de defesa à cidade de Lisboa, as chamadas Linhas de Torres Vedras. Derrotados em 1811, Portugal manteria a sua independência. As iniciativas de Napoleão para construir um Império terminariam em 1815 com a sua derrota em Warterloo. Os vencedores deste conflito decidiram no Congresso de Viena, em 1815 redesenhar os territórios anteriores às conquistas de Napoleão.

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