segunda-feira, 17 de abril de 2023

A aventura marítima (II-A)

" No tempo do Infante (...), uma caravela correndo com tormenta, viu uma ilha pequena (...), que se chama agora Porto Santo, não povoada. E nessa ilha há muitas árvores (...). Voltou a caravela anunciando ao Infante a terra descoberta, trazendo ramos de árvores, de que o senhor Infante ficou muito contente (...)

Foram e viram a terra a ocidente além do cabo Finisterra umas 30 léguas e viram que eram ilhas. Entraram na primeira, desabitada e percorrendo-a acharam muitos açores e muitas aves e foram à segunda actualmente ilha de S. Miguel, igualmente despovoada, tendo também muitas aves e açores (...). Daí viram outras ilhas." (1)

"O piloto que for avisado, ao ir para o cabo Bojador, deverá afastar-se oito léguas, porque este cabo é muito perigoso por causa de uma grande restinga de pedra que dele sai ao mar quatro ou cinco léguas, na qual já se perderam muitos navios (...). Os cavaleiros, criados do Infante, que ele mandou descobrir este Cabo (...) espantavam-se das grandes correntes, nenhum ousava de se largar ao mar e então se tornavam à costa de Berberia. No ano de 1434, o Infante D. Henrique mandou armar uma barca em que enviou um seu escudeiro que se chamava Gil eanes (...). (2)

(1) - Diogo Gomes, A relação dos Descobrimentos da Guiné e das Ilhas, (adaptado).
(2) - Duarte Pacheco Pereira, AEsmeraldo de Situ Orbis, (adaptado).

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