Os Celtas
invadiram a Península Ibérica entre os séculos VIII e VI a.C., em movimentos
sucessivos, com origem a partir do centro da Europa. A sua invasão
concentrou-se na parte mais a norte da Península Ibérica. A ocupação da
Península Ibérica tornou-se mais desenvolvida entre os séculos VI e III a.C.
Neste período os Celtas vão alargar a sua influência para o centro da Península
Ibérica até às zonas dos rios Tejo.
Os Celtas
estão associadas a uma civilização da Idade do Ferro e tiveram uma grande
influência nos povos que habitavam a Península Ibérica. Os Celtas construíam
aldeias fortificadas, os castros ou citânias, erigidos no cimo dos montes. As casas eram de forma circular, protegidas por um grupo de muralhas. Na
zona de Guimarães, ainda é possível observar um conjunto deste tipo e que tiveram a influência
desta cultura arqueológica da Idade do Ferro.
Os Celtas
desenvolveram com grande qualidade a metalurgia do ferro e também a do ouro e a
da prata. Produziam carros de transporte com rodas com raios em madeira e um
conjunto de objetos agrícolas em ferro. Esta aquisição permitiu-lhes melhorar
a qualidade das suas colheitas. Não enterravam os mortos, mas incineravam os
cadáveres, colocando as cinzas em objetos de cerâmica que depois enterravam em
locais, onde juntavam também objetos pessoais.
Os Celtas misturaram-se com os Iberos e formaram uma nova unidade cultural a que damos o nome de Celtiberos. Os Lusitanos eram uma franja destes Celtiberos. Os Lusitanos sofreram a influência da cultura celta e viviam num espaço espalhado pelo centro e norte em povoações fortificadas. Viviam da agricultura e da pastorícia,
praticavam a metalurgia e também a tecelagem (linho e lã). Cada castro
organizava-se autonomamente. Faziam um pão à base de bolotas de carvalho e praticavam exercícios
guerreiros. Praticavam a guerra com facilidade, combatendo com pequenas armas
com grande vivacidade. Adoravam a Natureza e também praticavam o culto dos
mortos.
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