As
comunidades agropastoris acreditavam que a Terra era a mãe que lhes permitia
obter o que precisavam. Adoravam assim a Natureza e os astros. Por isso
construíram monumentos de culto à fertilidade dos terrenos e das pastagens para
os animais. Cultivavam também o culto dos mortos, pois acreditavam numa vida
após a morte. A estas duas manifestações de arte damos o nome de
megalitismo.
Estas comunidades construíam outro tipo de monumentos a que chamamos as antas ou dólmenes. As antas tinham como objetivo depositar os
mortos e prestar-lhes homenagem. Junto ao corpo juntavam objetos do
quotidiano. As antas eram conjuntos de esteios de pedra colocados verticalmente
formando um espaço circular, a que se dá o nome de câmara. Em cima, o espaço
era coberto com uma laje de grandes dimensões. A entrada da anta tinha como uma
porta em pedra sob a forma de uma laje.
Junto das antas apareceram objetos diversos, como machados, pontas de seta, botões de
osso, placas ornamentadas, contas de colar de osso ou âmbar. Nos esteios
verticais em algumas estações arqueológicas foram encontrados decorações onde
se notam figurações da imagem humana.
As antas eram pedras
colocadas na vertical, podendo ser considerados como elementos que indicavam
espaços considerados importantes ou sagrados por estes povos. Também junto
deles se faziam cerimónias de adoração da Natureza e de contemplação dos
astros.
Ainda de referir os cromeleques, círculos de pedras que serviam como
relógios solares, pois estão organizados entre os espaços maiores e menores
entre o nascer do Sol ao longo do ano. Eles comprovam que estas comunidades já
conheciam a mudança das estações.
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