Os anos que decorrem entre 1707 e 1750 são marcados pelo governo do rei D. João V.
A sua ação pode ser caracterizada como a de um rei absoluto. A monarquia absoluta atinge no século XVIII a sua máxima expressão. O absolutismo era uma forma de governo que concentrava no rei os diferentes poderes, ou seja, o legislativo (fazer as leis), o executivo (executar a governação) e o judicial (julgar o cumprimento da lei).
D. João V centralizou o seu governo em si e num grupo próximo de ministros, e retirou às Cortes o papel político que tinha tido em séculos anteriores.
A sociedade portuguesa era formada por três grupos sociais, a saber, o clero, a nobreza e o chamado terceiro estado que incluía o povo e a burguesia. O clero e a nobreza eram grupos privilegiados. As suas funções estavam muito identificadas na sociedade (apoiar o rei no governo do país e ter uma função de defesa do reino [nobreza] e de serviço religioso e de construção da fé cristã [clero]).
O clero tinha uma outra função muito importante que era a de presidir ao tribunal da Inquisição, cuja função era vigiar os que poderiam não praticar a fé cristã. A perseguição aos cristãos-novos e a execução nos autos-de-fé permitia manter privilégios e foi uma das mais negativas ações do clero e da monarquia na sociedade portuguesa.
No terceiro estado o elemento mais importante era a burguesia. O desenvolvimento de algumas “indústrias” e a participação no comércio internacional fez enriquecer os membros deste grupo que viviam sobretudo nas cidades. A maior parte do terceiro estado pertencia ao povo formado por agricultores e artesãos que desenvolviam as suas atividades em diferentes espaços do território nacional.
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Documento: “Os
reis são juízes das riquezas e da fortuna dos seus vassalos, dispensadores da
Justiça e distribuidores das mercês. No governo monárquico, o supremo poder
reside todo inteiramente na pessoa de um só homem, o qual, não reconhece outro
poder no mundo. O rei escolhe as pessoas que lhe parecem mais próprias para
exercitarem nos diferentes ministérios do governo.”
José Seabra da Silva, Dedução Cronológica, (adaptado).
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