Há muito
muito tempo atrás, Gino era o primeiro da família a acordar. Os seus pais ainda
dormiam ao fundo da gruta, tapados com uma pele muito quente, que
receberam de herança de um caçador que morreu num combate. Parece que ele nem
tinha frio. Bastava uma pequena pele que mal lhe tapava a barriga. Passada uma
hora, lá vinha o Gino sorridente com os frutos mais frescos da região. Todos o
invejavam pela sua valentia e prontidão.
O pai de Gino levantava-se, jáo Sol ia bem alto, altura em que sua esposa lhe
dizia: - Ó Ginão, homem de Deus, vai buscar o naco do veado, que eu vou fazendo
as brasas, enquanto houver lenha,...
Um pouco contrariado, lá ia o pai arrastando os pés, que mal podiam com ele. A
mãe às vezes agradecia por o filho se parecer com o pai, apenas no rosto.
Gino começava a olhar o assado com um grande apetite. Comia até o pai lhe
dizer: - Ó rapaz, amanhã também é dia!...
Gino não dava muita importância à conversa, pois o sustento, era com ele... Mal
mastigava o último pedaço, Gino subia a montanha à procura de frutos silvestres
e de raízes. De vez em quando, lá ia ele com a sua lança bem agarrada, para que
não a pudesse perder. Ao fim de uma longa tarde, regressava com um gamo às
costas. Era sempre uma festa!...
Em alturas de lua cheia, Gino ia também fazer as suas pinturas nas rochas da
gruta. Toda a família olhava encantada para aquelas imagens de animais. Até
pareciam verdadeiras!...
Gino era afinal um grande Herói dos tempos que já lá vão, há muitos milhões de
anos.
João
Carvalho / Ricardo Couto - 5º B - EB 2, 3 da Lourosa - Ano Letivo
2008/2009
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